Luciano Hang, dono da Havan está entre os convocados para depor na CPMI das Fake News.

Luciano Hang, dono da Havan está entre os convocados para depor na CPMI das Fake News.
A convocação foi aprovada nesta terça-feira (22) no Congresso. A lista de convocados tem 30 nomes. Entre eles, assessores do governo Bolsonaro, como Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República, blogueiros, representantes de empresas de telecomunicações e a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Também foram aprovados mais de 50 convites para comparecimento nas audiências públicas promovidas pela CPMI. A diferença entre a convocação e o convite é que, quem é convocado, não pode se recusar a comparecer.
O requerimento para convocação de Luciano Hang Hang foi apresentado pelo deputado federal Rui Falcão (PT).
O empresário foi apontado, durante o período eleitoral, como um dos responsáveis pelo disparo de mensagens de WhatsApp que teriam beneficiado a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Hang nega desde então – e continua negando – que tenha havido envio ilegal de mensagens por celular.
– Isso não aconteceu. Eu nem sabia que existia fórmula pra impulsionar o WhatsApp. Faço vídeos que viralizam automaticamente pela maneira despojada como explico minha fala. As pessoas acham engraçado, (a mensagem) importante. Sou na realidade marqueteiro – disse à coluna.
Hang afirmou que vai depor com tranquilidade porque diz que não tem nada a esconder. Mas criticou a CPMI, que afirmou ser “uma forma de querer calar o cidadão que tem hoje nas redes sociais a forma de se expressar e mostrar sua verdade”.
A CPI Mista (por isso a sigla CPMI) é composta por 15 senadores e 15 deputados, com igual número de suplentes. O alvo das investigações é a suspeita de criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público. As investigações incluirão a prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.
A CPMI tem como presidente o senador Angelo Coronel (PSD-BA) e como relatora a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). O prazo é de 180 dias.
Por Dagmara Spautz
Facebook Comentários